quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

De regresso do "berço"



Soube bem a estada em Guimarães, apesar do frio intenso.Um dos pontos altos foi a visita ao Museu Arqueológico Martins Sarmento.


Para além de um belo claustro gótico onde grande parte do espólio em pedra está exposto, pude enfim ver o famoso carro votivo castrejo em bronze, do 1º milénio A.C. (há quem estime à volta de 250 A.C.), único na Europa. Dedicado a um deus guerreiro, foi encontrado perto da citânia de Sanfins.


Aparentemente, reflecte uma organização hierárquica da sociedade castreja, tripartida à maneira indo-europeia, em torno das ideias da soberania, força e fecundidade.


Obra de arte incomparável de uma civilização celta no Norte de Portugal - há cada vez mais indícios de que a zona Galaica da península foi um dos locais onde a civilização celta atingiu um nível maior de desenvolvimento, como já reconhecera o historiador grego Estrabão - este objecto demonstra uma habilidade requintada no trabalho do bronze.
Ver mais aqui.

Ao fim da tarde , a cidade iluminada, outro ambiente. Bom para compras.




2 comentários:

Gi disse...

Bom regresso, Mário.

Às vezes pergunto-me se estas figurinhas antigas serão realmente votivas, ou de qualquer modo sérias, ou serão antes brinquedos de miúdos ricos (os pobres provavelmente usavam materiais perecíveis).

Just questioning.

Mário R. Gonçalves disse...

Gi, obrigado,

Para civilização proto-historica, acho brinquedo requintado de mais. Nem ouvi dizer que os meninos da época, ricos ou pobres, fossem mimados com "brinquedos".

Contudo, o just questioning tem sempre cabimento.