sábado, 23 de abril de 2011

Nem só o Estado é gordo

Foi um consolo "viver como ricos", mesmo que só a 2/3 da Europa.

Deu-nos a EXPO, a pála do Siza, as Capitais da Cultura, o CCB e a Casa da Música, todos os Pavilhões Multiusos e Casas da Cultura que pulularam em cidades da província, o Metro do Porto, o novo aeroporto Sá Carneiro ( e o de Beja, já agora), pontes novas em Lisboa, Coimbra, Porto, novos Hospitais públicos e privados, as auto-estradas ... a FNAC, o Corte Inglês, novos hotéis e cruzeiros no Douro...

... e nem a Igreja escapou! De entre várias, salienta-se a nova do Estoril - igreja/ santuário e centro comunitário (com colégio privado), 14 milhões de euros para uma arquitectura de primeira e uma estrutura luxuosa . Pagou, em parte, a Câmara (nós), em parte o Estado (nós) , a UE (eles) e curiosamente os paroquianos, que provavelmente devem na mercearia, no banco ou mesmo ao fisco mas não deixam de contribuir para uma igreja linda, que faz inveja à Noruega.

Como já disse, culpados há muitos, senão todos nós. Soube-nos bem, viver à grande. Agora...

3 comentários:

Gi disse...

Agora, Mário, vai havendo quem descubra como sobreviver assim: sem provavelmente o suspeitar, epicurista.

Mário R. Gonçalves disse...

Haverá quem descubra como sobreviver, Gi, esses são os que têm defesas(nem que sejam psicológicas). A Gi, eu, sobreviveremos.

Mas à nossa volta, os "outros"? Já disse há tempos que por mim nada receava. Mas vamos todos ter um parente desempregado, um vizinho insolvente, uma amigo a emigrar.

Fernando Vasconcelos disse...

Pois, na verdade o problema não está em ter gasto ... está antes em não ter também investido em meios de produção.