quarta-feira, 4 de julho de 2012

Sabem o que teve MESMO de bom, Londres?

Foi estar longe disto tudo, do Relvas, do Público, do C.R., do Nuno Crato, do Sousa Tavares, do Seguro, do Daniel, dos graffitis na baixa, do lixo nas ruas, dos BMWs na Boavista, do cheiro a sardinha assada, da cidade vazia às 6 da tarde, das buzinas, do batateiro, das tardes da Júlia-aos-gritos (ou são manhãs?), dos monos construídos e em construção, dos carros com altifalantes no tejadilho, do Camané e da Deolinda, dos Jeeps em 2ª fila nos colégios, do cheiro a sovaco nos autocarros, das senhas de 5 cêntimos para a gasolina, do cócó de cão nos passeios, de como (não) cumprimos com a troika, da nação valente e imortal, das livrarias sempre a fechar.


Patriota, eu, só voltado para poente a ver o mar.

3 comentários:

Virginia disse...

Ai como eu o compreendo, Mário.

Ir a Londres é uma lufada, quase uma rabanada de ar fresco.

A Inglaterra tem um je ne sais quoi que me atrai, como mais nenhum país do mundo. Há-os mais bonitos, mais fascinantes, mais luxuosos...mas não há nada que chegue aquele pulsar da cidade, o colorido dos autocarros, os jardins, a cultura ao virar da esquina, a simpatia....

I love them...can't help it!!

Gi disse...

Tem toda a razão, Mário. Estar uns dias fora da pocilga em que parece ter-se transformado o nosso país é o que nos dá forças.

Só discordo da Virginia, porque tenho a mesma alegria também noutros países. Passando os Pirinéus... ou mesmo o Guadalquivir...

Mário R. Gonçalves disse...

Em certos momentos, basta até ficar de costas, à beira mar, olhando para longe, imaginando o país que podíamos ser.